Sexta-feira, 5 de Janeiro de 2007
Com o meu primeiro ordenado de jornalista estagiária comprei um peluche com uma t-shirt onde se lia "Amo la vita colorata" (amo a vida colorida). Tinha 18 anos e aquela sensação maravilhosa de uma vida pela frente, a fazer aquilo que mais queria e com dinheiro no bolso. Estou na profissão que escolhi e não estou arrependida. Quanto ao dinheiro, não sou das pessoas mais queixosas, mas tenho consciência de que aos 37 anos poderia ter mais algum. Tenho sido uma péssima gestora dos meus parcos recursos, isso sim. O facto de não ter filhos para isso contribuiu. Há três anos foi o cúmulo. Decidi meter os filhos na boca e concretizar um sonho de adolescente. Explico. Coloquei aparelho nos dentes e parte do meu dinheiro passou a ser canalizado para o dentista. A minha vida colorida tem sido "chapa ganha chapa gasta". Hoje, acentuei a coloração pintando as unhas de vermelho; daquele vermelho que se vê ao longe. E não é que estão giras? Sinto-me radiante e isso conta, e muito. "Pobreta, mas alegreta", diria um amigo meu.
sinto-me: Sexy
Pobre forreta de facto nunca serei. Os forretas são cinzentões e eu amo a vida colorida! Passa mais vezes para brincarmos.
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